segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Capitulo 3

No outro dia...
(História narrada por Chay Carminat)
É hoje que o pesadelo começa. Vou ter que ir para aquele lugar horrível e ainda por cima ver a cara do meu pai por todo o café da manhã. Fiz minhas higienes, me vesti e desci para o café.
Leonardo: Bom dia Chay.
Beatriz: Bom dia meu filho, dormiu bem?
Chay: Bom dia. Bom dia mãe. –Fui até ela e lhe dei um beijo.
Beatriz: Pronto para uma nova etapa da sua vida meu filho?
Chay: Mãe, você sabe que isso foi contra a minha vontade.
Leonardo: É para o seu bem Chay. Estou indo para o trabalho. Tchau para vocês. –Deu um beijo na minha mãe e foi embora. Todo dia era assim.
Chay: Eu vou para o meu quarto. –Subi as escadas.
(História narrada por Sophia Albuquerque)
Agora eu estou na mesa tomando café da manhã. Minha mãe falou que tem algo muito sério para falar comigo.
Sophia: Pode falar mamãe.
Clarisse: Sophia, eu sei que isso vai ser difícil para você, mas eu recebi uma proposta de trabalho irrecusável. Mas é em outra cidade, então eu matriculei você em uma escola em que você vai ficar a semana toda lá, fazer suas refeições lá, dormir lá. E se divertir nas horas em que não estiver na sala de aula. Tem piscina lá, e eu sei que você adora nadar. No ultimo fim de semana do mês você vai ficar comigo lá na outra cidade que eu vou trabalhar. Tudo bem?
Sophia: Claro mãe, se você acha que é o melhor para mim, está tudo bem. Vou sentir sua falta!- Eu a abracei.
Subi para o meu quarto e comecei a arrumar uma mala, já que passaria quase todos os meses do ano lá. Estava curiosa para conhecer a minha nova escola, ou seria melhor dizer casa? Será que vou fazer novos amigos? Só poderei saber disso se arrumar logo essa mala. Acho que eu a enchi demais. Sentei encima dela e então ela abaixou e pude fecha-la. Desci com ela e minha mãe me levou até a escola. Era muito bonita por fora.
Clarisse: Se cuida hein, filha? Eu te amo querida.
Sophia: Também te amo muito mãe. - Nos abraçamos.

Desci do carro, peguei minha mala e entrei no colégio. Minha mãe me disse que meu nome estaria na porta do quarto. Passei por todos os quartos, olhando cada nome quando minha pulseira caiu, voltei para pegar e quando me levantei ...

Chay: Oi!

Olha como sou idiota, de susto, cai no chão.
Chay deu uma risada e me estendeu a mão. Segurei sua mão e me levantei.

Sophia: O que você está fazendo aqui?
Chay: Eu vim para estudar. - Fez uma cara de como se isso fosse a coisa mais normal do mundo, e era.
Sophia: Pergunta idiota. – Eu ri.- Já achou seu quarto?
Chay: Ainda não. E você?
Sophia: Não.
Chay: Bora procurar juntos?
Sophia: Partiu.
Nós rimos e continuamos a procurar nossos quartos.
Chay: Aqui seu nome tá nessa porta. Você e .. Eu?
Sophia: OQUE?
Chay: Calma mulher. É, sou eu... Eu pensei que era menino com menino e menina com menina.
Sophia: Confesso que eu também.

Ele abriu a porta do quarto para eu entrar. Eu sorri.


O quarto era assim:


Chay: É... Qual cama você quer?
Sophia: São iguais Chay.
Chay: Ah, ta.

Sophia: Vamos, nós temos que ir à cantina, a diretora quer falar com agente.
Chay: Partiu.

(História narrada por Chat Carminat)

Eu e a Sophia fomos juntos para a cantina, talvez não tenha sido tão ruim assim vir para cá. Já estavam quase todos lá. Depois de uns dois minutos a diretora apareceu.

Diretora: Olá, meu nome é Cátia, sou diretora e dona deste colégio e tenho a intenção de proporcionar o melhor para vocês. Como vocês viram os quartos recebem duas pessoas. Vocês devem ter estranhado o fato de ser menino com menina, mas já está muito careta esse negocio de que meninas não se misturam com meninos, vocês devem interagir uns com os outros e aprender a conviver em grupo. Só peço que não passem dos limites. Podem ir agora.

Eu e Sophia voltamos pro quarto e ...
.

Capitulo 2

Entrei no carro.
Finalmente pude ver seu rosto com clareza. Ficamos nos olhando por um tempo.
Chay: Onde você mora?
Fiquei com medo de dizer onde eu moro, e se ele fosse um sequestrador ou algo do tipo? Então, sem pensar, tive uma atitude muito, muito, muito idiota!
Sophia: Deixe-me ver sua identidade?
Ele me olhou confuso, depois deu uma risadinha e tirou do bolso a identidade e me deu. Eu dei uma olhada e a entreguei a ele.
Chay: Pra que isso?
Sophia: Ora, se você quisesse me fazer mal você não iria se identificar.
Chay: Tem sentido. Agora você pode me dizer onde mora?
Balancei a cabeça afirmativamente e falei o endereço para ele. Nós fomos todo o caminho em silêncio. Quando chegamos à minha casa minha mãe saiu na porta.
Clarisse: Quem é este menino Sophia?
Ele olhou para mim. Bom, eu não tinha como responder por que nem sei se quer o nome dele. Perguntei para ele qual é era seu nome e ele disse que era Chay. Chay? Isso é um nome? Mas é legal.
Sophia: Oi mãe. Este é o Ch... ay, o Chay. Ele... -minha mãe me interrompeu.
Clarisse: Entre, aqui dentro você vai me contar. E você também entre Chay.
Eu e ele entramos.
Sophia: Então mãe, sabe aqueles sapatos que nós compramos outro dia? É uma porcaria. Incomodaram-me a festa inteira. E dai eu queria vir embora, mas a Alice não, e como fomos com o carro dela, eu tive que vir a pé. Esqueci-me de levar dinheiro. E começou a chover, então o Chay me ofereceu uma carona e me trouxe até aqui.
Depois disso minha mãe ficou falando trilhões de coisas que poderiam acontecer por eu ter pegado carona com um estranho. Mas para minha surpresa, ela deu um abraço em Chay e agradeceu a ele.
Chay: Imagina senhora, só fiz o que era certo.
Clarisse: Gostei de você querido! Qual é seu nome mesmo ?
Chay: Chay, Chay Carminat.
Quando minha mãe ouviu o sobrenome dele ela fez uma cara estranha, de quem tinha se lembrado de uma coisa ruim. Decidi não perguntar o que era ali, mas com certeza ela teria que me explicar isso outra hora.
Chay: Bom, então eu vou indo, tchau.
Clarisse: Tchau querido, se cuide e obrigado por cuidar da Sophia.
Chay: De nada. - Ele sorriu. E não pude deixar de notar que seu sorriso era lindo.
Clarisse: Sophia leve o seu amigo até a porta, eu vou me deitar, boa noite.
Sophia e Chay: Boa Noite.
Levei-o até a porta.
Sophia: Obrigada por tudo Chay, e desculpa a grosseria. Ah, gostei da foto da identidade.
Nós rimos.
Chay: Boa noite- Ele sorriu.
Sophia: Boa noite.
Ele entrou no carro e foi embora. Eu subi para meu quarto, tomei um banho e fui me deitar. Estava me sentindo estranha com o fato de que nunca mais iria vê-lo na vida. Dormi entre meus pensamentos.
No outro dia ...

Capitulo 1

(História narrada por Sophia Albuquerque)
Sophia: Nossa esses saltos estão me matando! Podemos ir Alice?
Alice: Ah Soph! Não faz duas horas que chegamos, e estamos nos divertindo tanto!
Sophia: Fale só por você. Fica chateada se eu for?
Alice: Claro que não amiga, mas como você vai voltar se viemos no carro do meu pai?
Sophia: Eu dou um jeito!
Alice: Você não... - Eu a interrompi.
Sophia: Sim, eu vou a pé. Tchau amiga!
Dei um beijo em Alice e fui embora rapidamente antes que ela pudesse falar algo. Como vim de carro, não havia percebido o quão longe era daquela festa até minha casa. Mas agora já estava bem longe de lá. Tirei os sapatos para ficar melhor para mim, alias que porcaria de sapato, irei jogar na próxima lixeira que eu ver.
(História narrada por Chay Carminat)
Eu nem sei direito onde estou agora, mas ele não tinha o direito de fazer isso! O que é aquilo? Ora, seja mais esperto Chay! É obvio que é uma menina andando pela estrada com sapatos na mão, com longos cabelos cacheados, pretos, que se destacavam na sua pele muito clara, quase branca. Nossa, eu estou falando comigo mesmo em meus pensamentos, só posso estar ficando louco. Mas não tanto quanto essa menina, está começando a chover, não posso passar por ela e simplesmente não fazer nada, não é uma atitude digna de um “Carminat”. Falei com ironia o sobrenome de minha família.
(História narrada por Sophia Albuquerque)
Ah que ótimo, está começando a chover, pensei com ironia. Ouvi uma buzina de carro, olhei para traz e vi que alguém o dirigia. Oh sério Sophia? Como chegaste a esta conclusão brilhante? É obvio que alguém está dirigindo o carro, ou você acha que ele iria sair andando por ai sozinho? E quem dirigia era um garoto, ele devia ter a minha idade, ou não. Ele fez um sinal para eu entrar no carro, mas eu o ignorei e continuei andando. Então vi que ele estava com o carro quase parando ao meu lado, como se estivesse me acompanhando.
Chay: Vai entrar no carro ou vai pegar um resfriado?
Sophia: Não falo com estranhos, muito menos entro no carro de um.
Chay: Tudo bem, eu tentei!
Quando ele ia se afastando um raio no céu fez um barulho horrível, o que me fez dar um pulo.
Sophia: ESPERA! Eu aceito sua carona. -Gritei.
Ele parou e eu entrei no carro.